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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

VELHAS BORBOLETAS



Deus, estou aqui numa ilha desconhecida, com pessoas desconhecidas, impossibilitada de levantar vôo. Minhas lágrimas são rios que evoluem a partir deste coração carente. Abro minhas asas neste apartamento espaçoso e vazio. Minha dor não é a de estar aqui e sim a de não poder levantar vôo, e aterrissar em seus braços.
Dissestes que estás ficando velho. Não sabes o que venha a ser a velhice. A velhice é bela, cruel é o espelho. Minhas asas de borboleta desbotaram as cores que um dia lhe encantaram. Mas mesmo em tom cinzento queria estar ao seu lado. Pois o azul de seus olhos fica cinza quando está longe de mim.
Juntos rejuvenescemos e brilhamos como um arco Iris após a mais devastante das tempestades.

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